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Sempre crisálida

  • Foto do escritor: Judith
    Judith
  • 15 de nov. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 26 de mar. de 2024




Quantas vidas se esvaziam numa alma perdida?



Quantas vezes pode a alma morrer numa vida?





Uma vez, tantas vezes quantos os dias?

Numa vida, em nenhuma?

Talvez tanto faz porque não importa.




Não basta querer viver, sonhar viver.

Ás vezes simplesmente não se consegue.


E não conseguir

é um doloroso desenlace

para quem quer estar, ser e se tornar

mas para o mesmo quem, o peso do fado

e a ingerência de um outro em si mesmo,

supera a bravura de quem se é.



Ainda assim, de quando em vez, surge uma ténue voz que pergunta

"Ressuscitarias se pudesses?"


E, a mesma alma que tantas vezes em nós morreu,

por entre escassos momentos de viva lucidez, encontra forças

e o seu eu que quer estar, e quer ser, grita

"Renasceria, renasceria."

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